sábado, 3 de setembro de 2011

HÁ RECOMPENSA PARA OS FIEIS. (II Rs 4.8-37).


INTRODUÇÃO:
        Quero compartilhar com os amados irmãos três estágios que ilustram muito bem uma das formas do agir de Deus em algumas situações da vida, que tem como objetivo levar-nos ao crescimento espiritual, maturidade cristã e uma maior intimidade com Deus. Esse é um assunto que tem um lado agradável mas que tem outro lado não agradável aos olhos humano, mas você verá que em todos esses estágios Deus não nos desampara. E aprenderemos um pouco de como deve ser o procedimento daquele que está passando por algum desses estágios.      
 Vejamos os estágios: (ou fases).
1– “DEUS ABENÇOOU A SUNAMITA DANDO-LHE UM FILHO” (A graça da vida).
·         Primeiramente essa mulher tinha uma percepção extraordinária. Pois observou que Eliseu sempre     passava por aquela região. Tinha discernimento, ela conheceu distintamente que quem passava defronte a sua casa era um “santo homem de Deus,” (v.9), um homem escolhido por Deus para o ministério. Essa percepção tem faltado em muitos cristãos, por isso tem havido tantos aproveitadores no meio dos cristãos sendo bem sucedidos.
·         Em segundo lugar essa mulher sentiu o desejo de servir a Deus, servindo ao profeta. Há quantos que tem condições de estar servindo ao Senhor e não o serve. Ela resolveu em seu coração priorizar o reino de Deus, e foi a luta, houve ação por parte daquela mulher colocando em pratica a Palavra de Deus (Mt 6.33). “Procurou honrar ao Senhor com os seus bens e com as primícias de toda a” sua renda (Pv 3.9,10), procurou administrar de maneira correta o que Deus havia confiado. Há recompensa para aqueles que priorizam o reino de Deus: O dinheiro dessa mulher não poderia curar a sua esterilidade. Mas pelo fato dela estar agradando á Deus, o Senhor satisfez o desejo do seu coração (Sl 37.4;).    
·         Não lhe negava hospitalidade: “A qual o constrangeu a comer  pão” (v.8). A sunamita não se privou da benção da hospitalidade, (hospitaleira – virtude – Rm 12.13). Hoje quase não se vê mais esse dom sendo exercido no meio do povo de Deus, parece até que foi extinto esse dom (I Pe 4.9;). Muitos cristãos estão sendo privados de serem abençoados muito mais do que tem sido, simplesmente por não exercitarem o dom que Deus lhe deu.        
·         O profeta reconheceu que estava sendo tratado com muita afeição (Afeição - virtude – Rm 12.10ª). “com muita abnegação” (v.13). Houve no coração daquela mulher desprendimento do interesse próprio, renúncia. O motivo de a sunamita agir daquela forma era impulsionada pelo amor a Deus e a sua obra (Zelo – virtude – Rm 12.11).
·         A atitude daquela mulher deixou-o constrangido ao ponto dele querer retribuir o amor carinhoso com que estava sendo tratado. Ele mandou chamá-la, ela demonstrou ser uma mulher humilde (virtude - Rm 12.16b), pois não se sentia digna de falar com ele. E nem de que ele  intercedesse em seu favor,  por isso a sua resposta, foi:  “Habito no meio do meu povo”  (v.13). Seu serviço para com Eliseu e Geazi, vinha de seu desejo de servir ao Senhor. (Boa vontade – virtude - Rm 12.14).
·         Esse quadro bíblico faz-nos ver que a obra de Deus é feita por homens e mulheres santas que obedecem a Palavra de Deus (v.9), e há recompensa para aqueles que investem tempo, esforço e recursos na obra do Senhor (I Co15.58).
·         Estamos falando de uma pessoa rica, portanto é preciso sabermos que a generosidade independe das circunstâncias (riquezas ou pobreza). Mas não pense que quem investe no reino de Deus só desfrutará quando estiver na glória, engano seu, o desfrutar já começa aqui. A liberalidade daquela mulher mexeu com o coração de Eliseu, de maneira que ele sentiu-se na obrigação de retribuir de alguma forma o que aquela mulher estava fazendo com ele. Agora imagine só, se aquela ação deixou o profeta de Deus assim imagine Deus como é que estava diante de uma ação para com aquele que Ele havia chamado para a sua obra. A liberalidade daquela mulher resultou na benção da maternidade (v.16).  Não ter filhos no Velho Testamento era uma maldição ou uma espécie de repreensão divina. A promessa se cumpriu. Deus é fiel. No tempo determinado ela deu a luz um filho. Vemos aqui o Deus dos impossíveis trazendo possibilidade onde antes não existia, o que ocorreu foi que: “A graça trouxe vida onde antes ela não existia”.  
II – DEUS PROVOU A SUNAMITA, TIRANDO-LHE O FILHO. (Deus é soberano).
·         Depois de tudo o que a sunamita havia feito, agora se encontra num estado pior do que o anterior. Essa mulher tinha tudo para murmurar, mas aprendemos que antes de optarmos pela murmuração, devemos considerar que quando algo de ruim nos sobrevém alguma razão deve existir: pode ser desobediência, prova ou fatalidade. Tudo isso visa o fortalecimento da nossa fé, pois a Palavra de Deus diz que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” E essa mulher havia demonstrado na pratica que amava a Deus. Outro fator é que o objetivo da prova é a aprovação: Ser fiel só na benção é fácil, mas Deus está á procura de homens e mulheres que o amem pelo que Ele é, e não pelo que Ele faz! Quando Deus nos prova, seu objetivo é a nossa aprovação. Ele não tem prazer no nosso sofrimento. Nos momentos de crise, a nossa fé é testada e, dependendo da nossa reação, a nossa dependência D’ele se torna mais evidente.
·         Seu filho morreu de insolação (v.20), levou muito sol por ocasião da colheita, mas ela manteve-se em segredo, até mesmo para com o seu esposo, com quem podia compartilhar o acontecido com o seu filho, por quê?   
1 – Para não entristecer o esposo, agiu com sabedoria não fez alarde. (Mulher sábia).  
2 - Foi em busca do profeta, lutou, não se conformou. O homem de Deus estava no Monte Carmelo, a distância era de 40km. (o profeta representava Deus).
3- Cria que a oração do profeta iria restaurar a vida do filho (v.30).
4- Manteve silencio do seu problema diante dos homens, mas se derramou diante de Deus (v.26). 5 - Demonstrou, humildade e reverencia. (virtude - Rm 12.16b).
III – DEUS DEVOLVEU A CRIANÇA, POIS A SUNAMITA PERMANECEU FIRME NA PROMESSA. “Deus Manifestou a sua graça mais uma vez”
·         A sunamita ao receber o seu filho de volta deu mais uma vez uma demonstração de humildade e agora de gratidão a Deus (v.37). (Quantos cristãos em meio aos problemas e dificuldades da vida vão á Deus com um coração quebrantado, mas depois de serem abençoados não reconhecem que foi a mão de Deus que lhe proporcionou tão grande benção. Ela realmente confiava que o Deus que foi poderoso para abrir a sua madre também seria para ressuscitar o seu filho. Aprendemos que Deus não faz nada pela metade. A benção que Deus dá é completa. A Sunamita não havia desfrutado da benção que Deus havia lhe dado, precisava desfrutar. Por pior que estava sendo o estado daquela criança, não era chegado o momento de Deus levá-la para a glória.    
·         Toda provação tem em si uma boa dose de lições espirituais, que visa o nosso crescimento em Cristo (IICo 3.18). A Sunamita cresceu na fé, no conhecimento de Cristo, ela podia dizer assim como o salmista disse:”foi–me bom” ter passado por isso. Também usado as mesmas expressões de Jó, “Com os ouvidos eu ouvira falar de Ti,mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5). Não é por acaso que o nome dessa mulher se encontra na galeria dos heróis da fé (Hb 11.35).
·         Mas a história dessa mulher não termina aqui. (E importante darmos continuidade a história de vida dessa mulher, mesmo depois de ter sido abençoada grandemente pelo Senhor, por quê?. Porque ás vezes o cristão põe um ponto final no trabalhar de Deus em nossas vidas, achando que Ele já fez tudo o que tinha de fazer ou que já nos deu tudo quanto desejava nos dá, pare aí, Deus ainda quer trabalhar na nossa vida, ainda há benção de Deus reservada para nós). Veja mais tarde, quando Eliseu anunciou a vinda de uma fome de sete anos, também aconselhou a sunamita a se mudar, de modo que ela foi habitar no meio dos filisteus. Deus não desampara os filhos seus, Ele cuida de uma maneira toda especial.
·         Ela mostrou-se (Obediente), pois fez como o profeta havia lhe dito. Ao findar o tempo de fome ela voltou para reassumir a posse de sua propriedade, Geazi estava falando com o rei e contando-lhe a pedido do rei, os milagres que Elizeu realizara, dentre eles o do filho da sunamita, quando ela chega para solicitar ao rei o direito de propriedade (aprendemos aqui que o nosso Deus é Deus de providencia). O rei autorizou seus oficiais a lhe devolver a propriedade, juntamente com a renda que a terra havia produzido na sua ausência (O nosso Deus é o Deus de restituição).
·         No final, vemos que a morte do menino foi uma benção para a Sunamita, aprendemos que: As provações são para o nosso crescimento espiritual e para á glória de Deus em todo tempo.          
CONCLUSÃO:
Aprendemos que mesmo que estejamos passando por momentos bons na nossa vida devemos ser fiel a Deus a exemplo da Sunamita. Devemos também ser gratos a Deus, mesmo em meio a provações sabendo que essa provação passará e que redundará em benção para as nossas vidas. Pois todo crente fiel a Deus a, exemplo de Jó, pode dizer: “Porque eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19.25); e possui convicção de que não está só. Deus no momento certo há de se levantar em seu favor, pois Ele não tarda, nem falha. “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, ... mas ainda que esta viesse a esquecer-se dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15). Isso mesmo aconteceu com a Sunamita, ela sabia que Deus haveria de agir em seu favor, apresentou-se a Deus crendo no seu agir, “sem fé é impossível agradar a Deus, é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).
Vemos nesta maravilhosa história da sunamita que somente a graça de Deus pode dá vida, seja a um ventre estéril, seja a um menino morto, e somente a graça de Deus pode conceder vida espiritual ao pecador morto em seus delitos e pecados (Jo 5.24; 17.1-3; Ef 2.1-10). Foi Deus quem deu vida espiritual ao menino, mas usou Eliseu como instrumento para realizar sua obra.
O mesmo acontece com os pecadores ressurretos que se colocam nas mãos do Senhor, e que crêem na ação gloriosa do Espírito Santo, manifestando os dons, porque para muitos os dons foram extintos, quando na verdade eles estão em evidencia principalmente na vida daqueles que crêem “E estes sinais hão de seguir os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre enfermos, e os curarão”. Deus quer se utilizar de homens e mulheres de oração e que estejam interessados em serem instrumentos que darão vida a esses pecadores. Nas palavras de Charles Spurgeon: “O Espírito Santo opera por meio daqueles que se sentem dispostos a entregar a vida por outros e a lhes conceder não apenas seus bens e ensino, mas também o próprio ser”.
Que Deus se instrumentalize de nós seus servos, para que o nome dele venha ser glorificado por meio de nossas vidas. Amém.
     

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