segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A OBEDIENCIA GARANTE O SUPRIMENTO. Lucas 5.1-11;

Introdução:
O Senhor Jesus ao anunciar o Evangelho tinha como propósito transformar as pessoas e, depois, enviá-las para compartilhar sua mensagem de perdão com outros. Mas também via as       necessidades materiais de cada um, e tinha o desejo de abençoá-las, assim como abençoou Pedro e os demais pescadores ali presentes. Hoje não é diferente, pois Ele não mudou e jamais mudará.
Mas nesse episodio mais conhecido como “A Pesca Maravilhosa” Aprendemos algumas lições:
1 – A divindade de Cristo: 
O texto diz que; Quando o Senhor Jesus “acabou de falar, disse a Simão:Vai mais para dentro do lago, e lançai as vossas redes para a pesca”.
O que um carpinteiro entende de pesca? E como ordena que lance a rede na parte mais profunda do mar? Era do conhecimento de todos os pescadores que no mar da Galiléia o certo era pescar durante á noite, nas águas mais rasas, não durante o dia, nas águas mais profundas. O que Jesus pediu que Simão Pedro fizesse era contrario a todo conhecimento e experiência dos pescadores. O Senhor Jesus queria manifestar a sua divindade, fazer velo que Ele era o Messias que havia de vir, o Filho de Deus.
2 – A confiança e obediência de Pedro:
“Simão disse: Mestre, trabalhamos a noite toda e nada pescamos, mas, por causa da tua palavra, lançarei as redes”.
“Mestre” é um termo usado apenas por Lucas e que possui vários significados, sendo que todos se referem á autoridade, Pedro mostrou-se disposto a obedecer e confiar na autoridade do Senhor Jesus.
a)      Aprendemos que são nas mais duras provas da vida que extraímos grandes lições para a nossa vida, também nos leva a conhecer melhor o Deus que servimos. Pois são nelas que vemos a mão de Deus agir em nosso favor.
b)      Que são nas águas mais profundas que estão os maiores tesouros, portanto devemos deixar as águas rasas da dúvida, das nossas limitações, do conformismo e do comodismo e avancemos no oceano das possibilidades e impossibilidades com fé nas promessas do Senhor. Agindo assim estaremos fazendo coisas grandes para Deus.
c)      A obediência traz resultados positivos. As palavras de Pedro foram de confiança em Jesus (Jr 1.12; Is 55.10,11), se estamos em obediência a sua Palavra, tenhamos a certeza de que se nos colocarem na cova dos leões, na fornalha de fogo e aquecerem ao Maximo e também nas prisões por mais segura que seja, podemos descansar em paz, pois o Senhor está conosco, Ele vela por sua Palavra para cumprir.   
3 – O favor de Deus:
Vemos aqui que a base do suprimento de Deus é a fartura e a abundancia, e desfrutam aqueles que estiverem dispostos a obedecer incondicionalmente a sua Palavra. Pois Ele pode fazer muito mais do que pedimos ou pensamos. Simão Pedro disse: “Havendo trabalhado...”, esta expressão significa: cansaço e sofrimento. Se você já tentou de tudo e nada conseguiu, obedeça a Palavra do Senhor Jesus, e ele ti abençoará abundantemente.
4 – A admiração se apoderou dele:
“Pois, com a pesca que haviam feito, a admiração tomara conta dele e de todos os que o acompanhavam”, Deus se deixa conhecer (também) através das obras que realiza (respostas de oração). Isto nos dá crescimento e desperta em nós o desejo por santificação “sou pecador”.
Conclusão:
A resposta do Senhor Jesus a Pedro foi: “Não temas; de agora em diante serás pescador de homens”. Ao proferir esta Palavra o Senhor Jesus estava fazendo uma sociedade com Simão Pedro em nada comparável a sociedade que ele tinha com Tiago e João.  Através desse milagre o Senhor Jesus fez ver que aqueles que atendem o seu chamado, aceitando assim  ser sócio de Jesus as suas necessidades são supridas, tanto espirituais como material. Amém.

    

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O TRIBUNAL DE CRISTO. II Co.5.10; Rm.14.10-12;

INTRODUÇÃO:
        Houve uma época no Brasil que as pessoas vendiam seus bens para depositar o valor adquirido porque os juros eram exorbitantes, valia apenas depositar. Sabemos que  quando uma pessoa resolve fazer um deposito de dinheiro independente da quantia, ele está pensando no presente e no futuro. No presente este dinheiro está seguro e no futuro não só renderá um pouco devido o juro como também o valor depositado continua o mesmo. Ele faz isso pensando principalmente no futuro. Mas houve um governo que confiscou todos os bens do povo, ficando as pessoas que havia depositado seus dinheiros, perdido tudo.  
Quando falamos sobre o Tribunal de Cristo, aprendemos que é importante investir no reino de Deus com qualidade, pois no futuro teremos a recompensa. E não só a recompensa, pois no presente ao investirmos no reino estamos investindo no nosso futuro que não é apenas temporário mas permanente, em nada comparável a este mundo que é passageiro, em nada comparável aos investimentos deste mundo que muitas vezes o ladrão rouba. Ao investir no reino pode ficar certo que não há confisco, é o lugar onde a traça e a ferrugem não corroe e onde o ladrão não rouba. 
O apostolo Paulo ao escrever sobre “O Tribunal de Cristo”, ele usou a palavra grega “BEMA” que significa, “uma plataforma elevada ao ar livre, com acesso por meio de degraus”, e também por ser empregada nos jogos olímpicos, quando na ocasião o juiz recebia na plataforma o vencedor da disputa atlética e lhe entregava como recompensa uma coroa (I Co.9.23-27). Nos nossos dias e mais conhecido como “pódio”. Algo idêntico ocorrerá no “Tribunal de Cristo”. Quando todos os cristãos terão que comparecer (II Co 5.10).
Outra coisa, sempre que se fala em julgamento pensa-se logo em salvação ou condenação, no Tribunal de Cristo, será para o cristão ser recompensado, (Jo.5.24; Rm.8.1;) será julgadas as nossas obras (ICo.3.11-15;). O próprio Senhor Jesus será o juiz (Jo.5.22; Is.33.22;).
 Agora tudo quanto temos feito, por meio do corpo está sendo registrado pelo Senhor (Sl.139.1-3). Seja as nossas ações, se com justiça ou não (Mt.6.1-4;), seja no uso dos talentos ou não (Mt.25.20-21;) tudo. Portanto não devo parar para pensar no que os outros pensam ou dizem a respeito daquilo que estou fazendo, devo ter em mente que terei que prestar contas a Deus por tudo que tenho feito, pelo trato que tenho dispensado para com os meus irmãos e pelo que Deus confiou em minhas mãos. Porque o Tribunal de Cristo é também lugar de prestação de contas (Rm.14.12-13;). Nada ficará encoberto naquele dia (Hb.4.13;). Nessa ocasião seremos recompensados ou não, porque as nossas obras estarão sendo testadas. As nossas motivações estarão sendo testadas se foram verdadeiras ou não, (ICo.3.13; 4.5;), bem como será avaliado o nosso caráter, (IICo.5.10;). Se sofrermos por causa de Cristo, seremos galardoados (Mt.5.11-12). O que temos feito por meio do corpo para o Senhor, receberemos galardão (II Co.15.58;).  
No tratamento dispensado aos irmãos, seremos galardoados (Rm.14.10-12;).

AS COROAS RESERVADAS PARA OS SALVOS:

01A Coroa da vida – são para os perseverantes nas tribulações (Ap.2.10; Mt.24.45-46; Tg.1.12;).
02 A coroa de justiça (ITm.4.7-8). Essa coroa é para todo aquele que faz a obra do Senhor, sem esperar recompensa humana, e que amam acima de tudo a Vinda do Senhor (ICo.15.58). 
03 A Coroa de gloria – Esta coroa é para os que tem amor pelas almas (ITs.2.19-20; Fl.4.1; Pv.11.30; IPd 5.2-4; Ef.4.11;). 
04 A coroa incorruptível (ICo.9.25-27). Esta coroa é para todos que valorizam mais as coisas espirituais, do que os materiais (Mt.6.19-20; IICron.15.7; ICo.9.25;). 

No Tribunal de Cristo, o que vai contar não será a quantidade de nossos trabalhos, mas a qualidade, (ICo.3.11-15;) o fogo dirá. Note os irmãos que o fogo prova as obras de cada um de nós, para ver a qualidade das mesmas. Infelizmente ou felizmente não sei que palavra devo usar, muitos cristãos serão salvos como que pelo fogo, porque nada fez que fosse para a gloria de Deus, será salvo como Ló, foi salvo de Sodoma e Gomorra (Ló.Gn.19;).  

O apostolo Paulo menciona seis diferentes tipos de materiais de construção empregados na edificação da igreja, que deve ter como alicerce Jesus (ICo.2.1-2; 3.12-15;). Esses materiais referem-se á qualidade do trabalho e quais as motivações. Vejamos quais, e que tipo de material temos empregado na obra do Senhor.

MATERIAIS RESISTENTES AO FOGO:

OURO: Simboliza a gloria de Deus (Ap.3.18;). Tudo quanto fazemos para o Senhor, dando de nós o melhor que pudermos independente da situação em que estejamos passando, estaremos aplicando ouro, ajuntando tesouro no céu (Mt.6.20;).
PRATA: Simboliza a redenção de Cristo (Êx.30.11-16;). Quando Jesus foi vendido o seu preço foi de trinta moedas de prata. Quando os judeus iam para a batalha, recebiam esse valor em prata, como uma espécie de reparação pelas suas almas.Isso significa dizer que cada vez que um cristão fala ao pecador a respeito do que o mesmo deve fazer para que seja salvo, estará acumulando um tesouro de prata no céu (Mt.6.20-21;).
PEDRAS PRECIOSAS: Simboliza tudo o que se faz através do Espírito Santo (ICo.10.7-11;). São os filhos na fé (Ml.3.17-18; Zc.9.16;). Quando alguém nasce de novo é uma pedra preciosa aos olhos de Deus. Significa dizer que quando um cristão conduz alguém a Cristo ele ganha uma pedra preciosa, que fará parte da sua coroa.

MATERIAIS DESTRUTIVEIS AO FOGO:

MADEIRA: Simboliza a natureza humana, que visa glorificar a si mesmo (Lc.6.33-34;).
FENO: Simboliza a falta de renovação, feno é uma erva seca.
PALHA: Simboliza a falta de estabilidade.
O fogo prova a qualidade do ouro, mas consome a madeira, o feno e a palha. O verdadeiro valor do “serviço” cristão será manifesto para todos diante do “Tribunal de Cristo”.

CONCLUSÃO:
       Ao falar sobre o Tribunal de Cristo, é importante porque o cristão pode fazer uma análise de como tem sido o seu trabalho para o Senhor. Como tem tratado os seus irmãos em Cristo. Que tipo de material tem aplicado na obra que Deus lhe confiou. Se tem procurado viver para a gloria de Deus, se o que tem feito tem sido para a gloria de Deus. Aprendemos com esse assunto que vale apenas investir no reino de Deus. É um investimento que o cristão faz em si mesmo, para desfrutar no futuro. A minha palavra aos amados irmãos em Cristo Jesus é de que, possamos investir no reino de Deus no presente e no futuro com certeza estaremos desfrutando deste investimento. Portanto cada um veja como investe. Amém.
                                                                                                            Pr Valdemir Costa.     
  




     

sábado, 3 de setembro de 2011

VIDA CRISTÃ VITÓRIOSA. (Gn. 31: 38-42;)


“O mundo deseja nos derrotar; por isso, o inimigo de nossas almas usa o mundo para perseguir e pressionar os cristãos.”
 “O mundo quer nos adequar a seus padrões; não deseja que sejamos diferentes”.
O Senhor Jesus ao ministrar o sermão de despedida aos discípulos quando se encontravam no cenáculo disse: “No mundo tereis aflições. Mas tende bom animo! Eu venci o mundo”. (Jo. 16:33;)
Na realidade a vida cristã não é fácil de ser vivida, mas se em primeiro lugar nos sujeitarmos á disciplina de Deus (Js. 1:7-8; e Gn. 28:15;) e em segundo lugar deixarmos que Ele nos conduza em nossas decisões, teremos a sua proteção (Gn. 31: 24,42;) como conseqüência poderemos suportar as dificuldades que  nos sobrevenham (Gn. 31: 38-42;)   e há de se desenvolver em nossas vidas o tipo de caráter que glorifica a Deus (Gn. 26:28-29;) porque estaremos no controle do Senhor.
          Mas poderemos ainda realizar grandes conquistas ao nos apropriarmos de suas promessas (Gn. 28:13-15;) como foi no caso de Jacó.
 I - Não importa aonde venhamos estar ou com o que tenhamos em mãos, se nos apropriarmos das promessas de Deus faremos grandes coisas. Jacó estava em Padã-arã (terra estranha) e tinha apenas o cajado em suas mãos (Gn. 32:10;) também não lhe fora concebido o que havia de melhor (Gn. 30:32;).
Labão separou o rebanho entregou a Jacó como havia combinado. Mas colocou em um lugar distante do seu rebanho, a distancia era uma jornada de três dias para chegar até o rebanho (Gn. 30:36;). Não sabia Labão que a distancia seria a prova de que a mão de Deus era com Jacó.
 II - Quando Deus quer abençoar seus servos não há distancia que impeça dele abençoar, (Gn. 30: 43;). Porque é chegado o tempo.
Jacó já havia sofrido quatorze anos nas mãos de Labão, e em apenas seis anos Deus mudou a sua sorte de maneira que despertou nos filhos de Labão uma insatisfação até mesmo nele (Gn. 31.1-2;)
III - Na verdade Deus contemplava de perto toda a trajetória de vida de Jacó e no tempo certo haveria de abençoá-lo (Gn. 28:16;).
IV - Mesmo no momento mais difícil da vida de Jacó, houve o reconhecimento por parte de Labão (Gn. 30: 27,30ª;).
Enfim o segredo de Jacó ter sido abençoado era a boa mão do Senhor que era com ele. E a sua fidelidade sendo manifestada como Ele havia prometido (Gn. 28:15;).    
Da mesma forma Deus deseja fazer conosco e por intermédio de nós, se tão somente nos apropriarmos de suas promessas. Pois a sua Palavra nos diz: “Ora, o Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou á sua glória, depois de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (I Ped. 5:10;).
Assim sendo o mundo dirá mesmo que não receba a Cristo em suas vidas dirão que você é “o abençoado do Senhor”. (Gn. 26: 29;)                 
                                                                         Deus é fiel, Ele nunca falha.
                                                                                                                           Pr. Valdemir Costa.

HÁ RECOMPENSA PARA OS FIEIS. (II Rs 4.8-37).


INTRODUÇÃO:
        Quero compartilhar com os amados irmãos três estágios que ilustram muito bem uma das formas do agir de Deus em algumas situações da vida, que tem como objetivo levar-nos ao crescimento espiritual, maturidade cristã e uma maior intimidade com Deus. Esse é um assunto que tem um lado agradável mas que tem outro lado não agradável aos olhos humano, mas você verá que em todos esses estágios Deus não nos desampara. E aprenderemos um pouco de como deve ser o procedimento daquele que está passando por algum desses estágios.      
 Vejamos os estágios: (ou fases).
1– “DEUS ABENÇOOU A SUNAMITA DANDO-LHE UM FILHO” (A graça da vida).
·         Primeiramente essa mulher tinha uma percepção extraordinária. Pois observou que Eliseu sempre     passava por aquela região. Tinha discernimento, ela conheceu distintamente que quem passava defronte a sua casa era um “santo homem de Deus,” (v.9), um homem escolhido por Deus para o ministério. Essa percepção tem faltado em muitos cristãos, por isso tem havido tantos aproveitadores no meio dos cristãos sendo bem sucedidos.
·         Em segundo lugar essa mulher sentiu o desejo de servir a Deus, servindo ao profeta. Há quantos que tem condições de estar servindo ao Senhor e não o serve. Ela resolveu em seu coração priorizar o reino de Deus, e foi a luta, houve ação por parte daquela mulher colocando em pratica a Palavra de Deus (Mt 6.33). “Procurou honrar ao Senhor com os seus bens e com as primícias de toda a” sua renda (Pv 3.9,10), procurou administrar de maneira correta o que Deus havia confiado. Há recompensa para aqueles que priorizam o reino de Deus: O dinheiro dessa mulher não poderia curar a sua esterilidade. Mas pelo fato dela estar agradando á Deus, o Senhor satisfez o desejo do seu coração (Sl 37.4;).    
·         Não lhe negava hospitalidade: “A qual o constrangeu a comer  pão” (v.8). A sunamita não se privou da benção da hospitalidade, (hospitaleira – virtude – Rm 12.13). Hoje quase não se vê mais esse dom sendo exercido no meio do povo de Deus, parece até que foi extinto esse dom (I Pe 4.9;). Muitos cristãos estão sendo privados de serem abençoados muito mais do que tem sido, simplesmente por não exercitarem o dom que Deus lhe deu.        
·         O profeta reconheceu que estava sendo tratado com muita afeição (Afeição - virtude – Rm 12.10ª). “com muita abnegação” (v.13). Houve no coração daquela mulher desprendimento do interesse próprio, renúncia. O motivo de a sunamita agir daquela forma era impulsionada pelo amor a Deus e a sua obra (Zelo – virtude – Rm 12.11).
·         A atitude daquela mulher deixou-o constrangido ao ponto dele querer retribuir o amor carinhoso com que estava sendo tratado. Ele mandou chamá-la, ela demonstrou ser uma mulher humilde (virtude - Rm 12.16b), pois não se sentia digna de falar com ele. E nem de que ele  intercedesse em seu favor,  por isso a sua resposta, foi:  “Habito no meio do meu povo”  (v.13). Seu serviço para com Eliseu e Geazi, vinha de seu desejo de servir ao Senhor. (Boa vontade – virtude - Rm 12.14).
·         Esse quadro bíblico faz-nos ver que a obra de Deus é feita por homens e mulheres santas que obedecem a Palavra de Deus (v.9), e há recompensa para aqueles que investem tempo, esforço e recursos na obra do Senhor (I Co15.58).
·         Estamos falando de uma pessoa rica, portanto é preciso sabermos que a generosidade independe das circunstâncias (riquezas ou pobreza). Mas não pense que quem investe no reino de Deus só desfrutará quando estiver na glória, engano seu, o desfrutar já começa aqui. A liberalidade daquela mulher mexeu com o coração de Eliseu, de maneira que ele sentiu-se na obrigação de retribuir de alguma forma o que aquela mulher estava fazendo com ele. Agora imagine só, se aquela ação deixou o profeta de Deus assim imagine Deus como é que estava diante de uma ação para com aquele que Ele havia chamado para a sua obra. A liberalidade daquela mulher resultou na benção da maternidade (v.16).  Não ter filhos no Velho Testamento era uma maldição ou uma espécie de repreensão divina. A promessa se cumpriu. Deus é fiel. No tempo determinado ela deu a luz um filho. Vemos aqui o Deus dos impossíveis trazendo possibilidade onde antes não existia, o que ocorreu foi que: “A graça trouxe vida onde antes ela não existia”.  
II – DEUS PROVOU A SUNAMITA, TIRANDO-LHE O FILHO. (Deus é soberano).
·         Depois de tudo o que a sunamita havia feito, agora se encontra num estado pior do que o anterior. Essa mulher tinha tudo para murmurar, mas aprendemos que antes de optarmos pela murmuração, devemos considerar que quando algo de ruim nos sobrevém alguma razão deve existir: pode ser desobediência, prova ou fatalidade. Tudo isso visa o fortalecimento da nossa fé, pois a Palavra de Deus diz que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” E essa mulher havia demonstrado na pratica que amava a Deus. Outro fator é que o objetivo da prova é a aprovação: Ser fiel só na benção é fácil, mas Deus está á procura de homens e mulheres que o amem pelo que Ele é, e não pelo que Ele faz! Quando Deus nos prova, seu objetivo é a nossa aprovação. Ele não tem prazer no nosso sofrimento. Nos momentos de crise, a nossa fé é testada e, dependendo da nossa reação, a nossa dependência D’ele se torna mais evidente.
·         Seu filho morreu de insolação (v.20), levou muito sol por ocasião da colheita, mas ela manteve-se em segredo, até mesmo para com o seu esposo, com quem podia compartilhar o acontecido com o seu filho, por quê?   
1 – Para não entristecer o esposo, agiu com sabedoria não fez alarde. (Mulher sábia).  
2 - Foi em busca do profeta, lutou, não se conformou. O homem de Deus estava no Monte Carmelo, a distância era de 40km. (o profeta representava Deus).
3- Cria que a oração do profeta iria restaurar a vida do filho (v.30).
4- Manteve silencio do seu problema diante dos homens, mas se derramou diante de Deus (v.26). 5 - Demonstrou, humildade e reverencia. (virtude - Rm 12.16b).
III – DEUS DEVOLVEU A CRIANÇA, POIS A SUNAMITA PERMANECEU FIRME NA PROMESSA. “Deus Manifestou a sua graça mais uma vez”
·         A sunamita ao receber o seu filho de volta deu mais uma vez uma demonstração de humildade e agora de gratidão a Deus (v.37). (Quantos cristãos em meio aos problemas e dificuldades da vida vão á Deus com um coração quebrantado, mas depois de serem abençoados não reconhecem que foi a mão de Deus que lhe proporcionou tão grande benção. Ela realmente confiava que o Deus que foi poderoso para abrir a sua madre também seria para ressuscitar o seu filho. Aprendemos que Deus não faz nada pela metade. A benção que Deus dá é completa. A Sunamita não havia desfrutado da benção que Deus havia lhe dado, precisava desfrutar. Por pior que estava sendo o estado daquela criança, não era chegado o momento de Deus levá-la para a glória.    
·         Toda provação tem em si uma boa dose de lições espirituais, que visa o nosso crescimento em Cristo (IICo 3.18). A Sunamita cresceu na fé, no conhecimento de Cristo, ela podia dizer assim como o salmista disse:”foi–me bom” ter passado por isso. Também usado as mesmas expressões de Jó, “Com os ouvidos eu ouvira falar de Ti,mas agora te vêem os meus olhos” (Jó 42.5). Não é por acaso que o nome dessa mulher se encontra na galeria dos heróis da fé (Hb 11.35).
·         Mas a história dessa mulher não termina aqui. (E importante darmos continuidade a história de vida dessa mulher, mesmo depois de ter sido abençoada grandemente pelo Senhor, por quê?. Porque ás vezes o cristão põe um ponto final no trabalhar de Deus em nossas vidas, achando que Ele já fez tudo o que tinha de fazer ou que já nos deu tudo quanto desejava nos dá, pare aí, Deus ainda quer trabalhar na nossa vida, ainda há benção de Deus reservada para nós). Veja mais tarde, quando Eliseu anunciou a vinda de uma fome de sete anos, também aconselhou a sunamita a se mudar, de modo que ela foi habitar no meio dos filisteus. Deus não desampara os filhos seus, Ele cuida de uma maneira toda especial.
·         Ela mostrou-se (Obediente), pois fez como o profeta havia lhe dito. Ao findar o tempo de fome ela voltou para reassumir a posse de sua propriedade, Geazi estava falando com o rei e contando-lhe a pedido do rei, os milagres que Elizeu realizara, dentre eles o do filho da sunamita, quando ela chega para solicitar ao rei o direito de propriedade (aprendemos aqui que o nosso Deus é Deus de providencia). O rei autorizou seus oficiais a lhe devolver a propriedade, juntamente com a renda que a terra havia produzido na sua ausência (O nosso Deus é o Deus de restituição).
·         No final, vemos que a morte do menino foi uma benção para a Sunamita, aprendemos que: As provações são para o nosso crescimento espiritual e para á glória de Deus em todo tempo.          
CONCLUSÃO:
Aprendemos que mesmo que estejamos passando por momentos bons na nossa vida devemos ser fiel a Deus a exemplo da Sunamita. Devemos também ser gratos a Deus, mesmo em meio a provações sabendo que essa provação passará e que redundará em benção para as nossas vidas. Pois todo crente fiel a Deus a, exemplo de Jó, pode dizer: “Porque eu sei que o meu Redentor vive” (Jó 19.25); e possui convicção de que não está só. Deus no momento certo há de se levantar em seu favor, pois Ele não tarda, nem falha. “Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, ... mas ainda que esta viesse a esquecer-se dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Is 49.15). Isso mesmo aconteceu com a Sunamita, ela sabia que Deus haveria de agir em seu favor, apresentou-se a Deus crendo no seu agir, “sem fé é impossível agradar a Deus, é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).
Vemos nesta maravilhosa história da sunamita que somente a graça de Deus pode dá vida, seja a um ventre estéril, seja a um menino morto, e somente a graça de Deus pode conceder vida espiritual ao pecador morto em seus delitos e pecados (Jo 5.24; 17.1-3; Ef 2.1-10). Foi Deus quem deu vida espiritual ao menino, mas usou Eliseu como instrumento para realizar sua obra.
O mesmo acontece com os pecadores ressurretos que se colocam nas mãos do Senhor, e que crêem na ação gloriosa do Espírito Santo, manifestando os dons, porque para muitos os dons foram extintos, quando na verdade eles estão em evidencia principalmente na vida daqueles que crêem “E estes sinais hão de seguir os que crerem: em meu nome expulsarão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e quando beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal algum; imporão as mãos sobre enfermos, e os curarão”. Deus quer se utilizar de homens e mulheres de oração e que estejam interessados em serem instrumentos que darão vida a esses pecadores. Nas palavras de Charles Spurgeon: “O Espírito Santo opera por meio daqueles que se sentem dispostos a entregar a vida por outros e a lhes conceder não apenas seus bens e ensino, mas também o próprio ser”.
Que Deus se instrumentalize de nós seus servos, para que o nome dele venha ser glorificado por meio de nossas vidas. Amém.